Sem golos e com pouca emoção, foi assim que terminou um duelo entre polos opostos na tabela da Liga 2. Vilafranquense mantém a baliza inviolável desde a chegada de João Tralhão, embora ainda não tenha marcado… Já a Académica segue com a sua campanha positiva, que já podia ter mais pontos.
Texto por José Silva

Análise ao encontro
O Vilafranquense entrou no Estádio Municipal de Rio Maior, sua casa emprestada nesta Liga SABSEG, com a urgência de amealhar pontos. Nesse sentido, e após ter conseguido um importante empate em Chaves, na estreia do técnico João Tralhão, apostaram numa boa estratégia defensiva.

Com o bloco baixo e as linhas bem juntas, os Ribatejanos começaram o encontro à espreita do erro do adversário. A defender alternavam entre o 4-4-2 Losango e o 5-3-2 (mediante o posicionamento de Vítor Bruno e Jefferson). Só André Claro e Fortes ficavam na frente. Quando recuperavam a bola, a ordem era para esticar o jogo em Fortes, para a equipa subir no terreno, ou, quando a Académica o permitisse, sair a jogar desde trás, procurando as combinações laterais. Diogo Izata e Jefferson alternavam na posição 6, quando faziam uma construção apoiada. Se a primeira parte ficou marcada pelo equilíbrio, nos segundos 45' procuraram pressionar mais e ter mais bola (os laterais subiram com mais frequência, Kady mostrou-se ao jogo e houve mais movimentações na frente de ataque). A partir dos 60' a história da primeira parte repetiu-se, com a 'agravante' das duas equipas gostarem do empate.
A Académica, por sua vez, era claramente favorita a conquistar os três pontos, pelo que entrou forte no encontro.

A Briosa começou o jogo a pressionar alto. Fabinho juntava-se a Bouldini num 4-4-2 sem bola, onde tentavam atrapalhar as saídas de bola do Vilafranquense. Com a posse do esférico, assumiam um 4-3-3,com os laterais bem abertos (no caso de Fabiano a jogar também por dentro, devido à sua técnica e capacidade de explosão), Ricardo Dias, o grande patrão do meio campo, a recuar entre os centrais e Fabinho a procurar jogo entrelinhas, para depois João Mário jogar em zonas interiores e Traquina encostado à linha, a tentarem servir Bouldini. Jogavam com grande pragmatismo, com poucos toques e variação de jogo, para depois encetar cruzamentos tensos. No segundo tempo conseguiram ter mais bola no último terço, muito por culpa de Fabinho, que se 'deu' mais ao jogo, mas também devido ao recuo da equipa do Vilafranquense, que só a espaços deu o ar da sua graça. Contas feitas, as duas equipas não saem de Rio Maior tristes, já que a Académica consolida o terceiro lugar e o Vilafranquense consegue respirar melhor na parte baixa da tabela.
A figura
Jefferson Santos - cortou linhas de passe, recuperou várias bolas e raramente se encontrou mal posicionado.
Estatísticas

Próximos encontros
UD Vilafranquense vs AD Sanjoanense (Taça de Portugal
Académica vs Varzim SC (Taça de Portugal)
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