Não foi desta que Mafra ou Oliveirense voltaram às vitórias. Num jogo que não foi especialmente bem jogado, só os golos trouxeram algum ânimo. Primeiro ponto para Raúl Oliveira no comando técnico da Oliveirense.
Texto por José Silva
Análise ao encontro
Mafra e Oliveirense entraram em campo com classificações bem destintas, mas com a mesma urgência de vitórias. Os Mafrenses levavam três jogos seguidos sem vencer, mas isso não impediu o técnico Filipe Cândido de escalar um onze bastante parecido ao que saiu derrotado em Alvalade (a registar apenas a entrada de Kaká por Carlos Daniel).
O Mafra entrou em campo com algumas dificuldades em levar a cabo o seu jogo. A equipa do Oeste tentava, como habitual, sair a 3, com Cuca a baixar entre os centrais e os laterais bem abertos, mas a pressão intensa da Oliveirense não os deixou sair com qualidade. À passagem dos primeiros 15 minutos do jogo o Mafra conseguiu 'soltar-se', mas ainda assim não conseguiu ligar o jogo e perdendo muitas bolas. Houve pouca amplitude (Tomás Domingues e Gui Ferreira eram os únicos que davam largura ao jogo da equipa) e o portador da bola demorava imenso tempo a decidir o que fazer, acabando por perder a bola. Okitokandjo esteve sempre marcado de perto e os extremos muito tempo em zonas interiores, afunilando o jogo. A espaços, João Graça e Rodrigo Martins tentaram pegar no jogo. No segundo tempo o Mafra passou a jogar com Abel camará junto a Okitokandjo na frente, de modo a aumentar o poderio na área. Os golos foram consequência da maior liberdade do Holandês.
No lado da Oliveirense, a urgência de conquistar pontos não era menor: cinco derrotas seguidas, terceiro pior ataque e em zona de despromoção.
Ainda a conhecer o plantel, o técnico Raúl Oliveira apostou num sistema com duas caras: a defender era um 4-4-2 clássico, com o bloco baixo; a atacar era um 3-4-3 (com Ricardo Tavares a baixar entre os centrais e Leo Bahia e Leandro projetados nos corredores). A equipa de Oliveira de Azeméis tentou desde cedo anular o Mafra, pressionando com 4 jogadores, e com o bloco subido. Com o tempo foram baixando as linhas, juntando os onze jogadores à frente da área, anulando a profundidade mas também o espaço entrelinhas. O facto de sair a jogar com cinco jogadores permitia que 'sobra-se' sempre um da marcação da pressão contrária e assim encetar ataques rápidos (normalmente pelas alas).Com processos simples e ataques rápidos conseguiam chegar à frente, e aproveitaram alguns erros individuais do Mafra para chegar aos golos aos Oliveirenses.
Estatísticas
Os golos
0-1 Dionathã (58 Minutos)
Miguel Lourenço, encandeado pelo sol, falha o corte e Dionathã no frente a frente com Carlos Henriques não falhou. Estava feito o primeiro do encontro.
0-2 Raniel (66 Minutos)
Livre de Ricardo Tavares na esquerda e Raniel, ao primeiro poste, a cabecear para o fundo das redes.
1-2 Okitokandjo (74 Minutos)
Okitokandjo de grande penalidade faz o seu 5º golo nesta liga Sabseg.
2-2 Okitokandjo (79 Minutos)
Bola longa do Mafra, com a defesa da Oliveirense a tirar e Okitokandjo do meio da rua a 'disparar' para o golo do empate.
A figura
Stevy Okitokandjo - Lutou de início ao fim. Numa altura em que a derrota parecia certa faturou a dobrar.
Próximos encontros
SC Covilhã vs CD Mafra (Liga Sabseg)
UD Oliveirense vs GD Cova da Piedade (Liga Sabseg)
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