O Estoril bateu a Oliveirense por um bola a zero e mantém a perseguição à líderança da Liga 2. Vitória suada mas importante. Oliveirense cada vez mais afundada na tabela.
Texto por José Silva
Análise ao encontro
Esperava-se um duelo intenso pelos três pontos, não só pela urgência de pontos (por razões diferentes), mas também por se tratar de duas equipas que primam pelo "bom" Futebol. A Oliveirense entrou apostada em mostrar quem 'manda' no Estádio Carlos Osório. Dessa forma, jogaram com grande intensidade e, mesmo enfrentando um candidato à subida, não abdicaram de controlar o jogo com posse.
Fiel à sua imagem de marca, de equipa guerreira, a Oliveirense jogou com o bloco alto, não deixando o Estoril sair a jogar como quis (por vezes colocaram 6 homens a pressionar intensamente as saídas a jogar). Com bola, mostraram-se muito à-vontade. Não cederam à pressão dos canarinhos e conseguiram sair a jogar com muita qualidade, especialmente na primeira parte, devido às combinações laterais e à maneira como trocavam a bola: com rapidez, intensidade e objetividade. Os laterais mostraram grande importância para 'queimar linhas', tanto pela sua técnica, como pela sua relevância ofensiva. No meio campo, Filipe Gonçalves e Oliveira estiveram em grande plano na construção de jogo e na ocupação de espaços (no caso do capitão de equipa, a importância deu-se também nas recuperações de bola). O golo sofrido veio contra a corrente de jogo, mas a verdade é que a equipa voltou a encontrar-se e manteve as suas ideias até ao final do encontro, faltando apenas o sentido de baliza…
Se do lado da Oliveirense a matriz de jogo não mudou, o mesmo se pode dizer do Estoril. Embora tenham jogado mais tempo do que gostariam sem bola, a equipa da Linha não abdicou dos princípios de jogo, nomeadamente na construção apoiada.
A formação de Bruno Pinheiro entrou no encontro disposta a levar as suas ideologias de jogo até ao fim. Contudo, após algumas perdas de bola na zona recuada, e provavelmente também pelo golo marcado, a estratégia alterou-se. Tornaram-se mais expectantes e não se conseguiram soltar das marcações adversárias (Zé Valente, o mais criativo do mei campo, estava constantemente marcado e os laterais pouco ou nada atacaram, devido à constante lateralização do jogo por parte da Oliveirense). Ainda assim, a equipa canarinha teve bastantes oportunidades para explorar a profundidade, mas preferiu 'afunilar' o jogo a meio campo. No segundo tempo conseguiram sair para o ataque com mais qualidade (muito devido à fixação de Aziz na zona central, que permitiu a Vidigal soltar-se mais), ainda assim a Oliveirense subiu as linhas e tomou conta do jogo até ao seu término. Com esta derrota a formação de Oliveira de Azeméis aproxima-se cada vez mais do fundo da tabela, por oposição ao Estoril, que após a soma destes três pontos (e tendo em conta que ainda tem um jogo em atraso) consolida cada vez mais a sua candidatura à promoção nesta Liga SABSEG.
Os golos
0-1 Harramiz (16 Minutos)
Livre de Zé Valente a encontrar Hugo Basto sozinho ao segundo poste, que assiste de cabeça Harramiz, e este (também de cabeça) inaugura o marcador.
A figura
Harramiz Soares - Embora jogadores como Gamboa ou Aziz tenham feito um jogo muito esforçado sob o ponto de vista físico, a verdade é que Harramiz apontou o golo que decidiu um duelo bastante difícil.
Estatísticas
Próximos encontros
UD Oliveirense vs Paços Ferreira (Taça de Portugal)
GD Estoril vs CD Cova Piedade (Liga SABSEG)
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