Partídazo! O Sevilha conquistou a Liga Europa 2019/20 ao bater o Internazionale por 3-2, na final de Colónia. Num jogo intenso, com oportunidades de parte a parte e com grande carga tática, as bolas paradas foram decisivas. O Inter ainda dispôs de ocasiões para marcar, mas na Liga Europa é mesmo 11 contra 11 e no final ganha o Sevilha.
Texto de José Silva
Análise ao encontro
Para o jogo que decidia o vencedor da segunda competição da Europa, enfrentavam-se duas equipas com estilos de jogo muito diferentes, especialmente sem bola. No Sevilha destaque para a entrada (impactante) de Luuk de Jong no onze, que permitiu aumentar o poderio dentro de área adversária.
Do lado do Inter a nota de relevo vai para a contenção na manutenção do onze, onde estavam Gagliardini (dá maior apoio defensivo) e D´Ambrosio (que não sobe tanto no terreno em relação a Moses). Posto isto, as equipas entraram no jogo a toda a velocidade e as oportunidades foram surgindo. Entretanto, e com os golos, encaixaram táticamente uma na outra (e daí a importância das bolas paradas). No Inter a ordem inicial era para bater bola na frente, para Lukaku, e de seguida Lautaro e Barella atacavam a segunda bola. No entanto, com o decorrer do jogo, optaram por sair a jogar mais pacientemente, com Brozovic a recuar para junto dos defesas, permitindo a Bastoni ou Godín subirem com bola, mas também os médios interiores abriam nas alas para permitir outras soluções na saída a jogar. Gagliardini muito importante nas dobras defensivas e a auxiliar Brozovic.
Quanto ao conjunto Andaluz, a pressão alta foi recorrente, principalmente para estorvar Bastoni (o mais qualificado para as saídas a jogar). Com a 'teia' que o Inter montou no meio campo, com marcações zonais muito intensas, o Sevilha estava a ter dificuldades em jogar pelo centro, pelo que Suso desceu e assim auxiliou Banega - o mais esclarecido num meio campo onde Jordán se preocupava mais com as roturas ofensivas sem bola e Fernando no equilíbrio defensivo - a pegar no jogo. Nas alas, Reguillón não teve uma noite tão fulgurante ofensivamente (muito por culpa de D'ambrosio) ao contrário de Navas, sempre muito forte nos cruzamentos. Os extremos, Ocampos e Suso, juntavam-se no mesmo flanco para permitir mais criatividade da equipa. No ataque De Jong deu-se à marcação e assim permitiu que Jordán e Ocampos se aproximassem e anulassem a superioridade numérica Italiana na área.
Os golos
0-1 Romelu Lukaku (5 Minutos)
Muito bem o Inter no ataque à profundidade e muito bem Lukaku a ganhar a posição face a Diego Carlos. O Brasileiro acabou por derrubar o goleador Belga, que assumiu a marcação de grande penalidade e inaugurou o marcador.
1-1 Luuk de Jong (12 Minutos)
Sevilha a trabalhar bem o jogo exterior, com as incursões de Jordán na área a baralharem as marcações dos defesas Interistas e Navas a cruzar de forma perfeita para a antecipação de De Jong, que de cabeça igualou o marcador.
2-1 Luuk de Jong (33 Minutos)
Livre no lado direito do ataque Andaluz, com Banega a bater largo para o segundo poste e De Jong a aparecer sozinho e a faturar pela segunda vez. O Sevilha estava pela primeira vez em vantagem.
2-2 Diego Godín (35 Minutos)
Numa reação imediata ao golo sofrido, o Inter ganha um livre na direita e Brozovic coloca o esférico na cabeça de Godín. Estava restabelecido o empate.
3-2 Diego Carlos (74 Minutos)
Livre de Banega a provocar confusão na área do Inter, com de Vrij e Godín a chocarem um com um outro e a bola a sobrar para Diego Carlos, que num remate acrobático faz o terceiro e último golo do encontro. A bola ainda sofre um desvio fulcral em Lukaku mas a UEFA considera que o golo foi de Diego Carlos. Uma vez mais as bolas paradas a serem preponderantes.
Figura do Jogo - Luuk de Jong. Embora a equipa do Sevilha se tenha destacado pelo seu coletivo forte, houve alguns jogadores que se evidenciaram no plano individual, como Banega, Navas... No entanto os golos são o que faz a diferença no futebol, e nisso De Jong é especialista. O Internacional Holândes marcou dois e decidiu a partida.
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