O Desportivo de Chaves está de regresso às vitórias. O conjunto de Carlos Pinto deu um pontapé na crise, ao ganhar (de forma sofrida) ao Covilhã. Equipa da Serra não vence Flavienses em casa desde 2010.
Texto por José Silva
Análise ao encontro
Debaixo de um mau tempo que não beneficiou ninguém, Sporting da Covilhã e Desportivo de Chaves entraram no Estádio José Santos Pinto separados por apenas um ponto, mas ambos tinham urgência de vencer. Os Leões da Serra, a jogar em casa, queriam voltar a vencer (algo que não fazem desde a derrota com o Salgueiros, para a Taça de Portugal). Com efeito, entraram mais intensos na partida.
O Sp. Covilhã entrou com mais energia no encontro e soube jogar com as condições climatéricas adversas. Um bloco alto e uma pressão intensa ao portador da bola, impediram o Chaves de ter bola nos primeiros minutos. Os Serranos apostaram no seu 4-2-3-1, que também pode ser visto como um 4-3-3 (mediante o posicionamento de Gui). Lamine era o elemento mais recuado de um meio campo que contava com Gilberto no papel de 'box to box' e Gui, mais livre e no apoio ao ponta de lança. Gleison bem tentoiu pegar jogo no meio, mas o Desportivo fechou bem o espaço interior, obrigando os Leões da Serra a jogar por fora, nomeadamente para Enoh atacar a profundidade e cruzar para a área, onde apareciam Gui e Daffe. Após o golo sofrido tiveram alguma dificuldade em 'pegar' no jogo, mas um entrada em grande no segundo tempo, com mais velocidade na circulação, intensidade na pressão e objetividade nos ataques, os verde e brancos conseguiram chegar ao golo do empate. Inusah veio mexer com o jogo.
No lado do Chaves eram já três jogos sem conhecer o sabor da vitória, pelo que o técnico Carlos Pinto optou por fazer quatro alterações no onze inicial a pensar na vitória.
A equipa Flaviense teve dificuldade iniciais em estabilizar o seu jogo. O mau tempo e a agressividade que o Covilhã metia em cada lance dificultou as saídas para o ataque. Nuno Coelho ficou 'encarregue' de proteger os centrais, enquanto que Zé Tiago e Jonathan Toro permutavam entre a posição 8 e a posição 10. Nas alas tanto Wellington na esquerda, como Batxi na direita, procuravam muito as zonas interiores, mas também as combinações laterais, tanta era a lateralização e triangulações no jogo dos Transmontanos. A defender, o Desportivo baixava o bloco e juntava os extremos e os interiores, causando muitas dificuldades ao jogo interior do Covilhã. Com solidez na defesa e sagacidade no ataque, o Chaves soube marcar nos momentos em que a equipa da casa estava por cima do jogo e instalado no seu meio campo. Foi uma vitória arrancada a ferros, mas merecida.
Os golos
0-1 Zé Tiago (25 Minutos)
Bola na confusão dentro da área do Covilhã, com Daffe a impedir Juninho de rematar. Na conversão da grande penalidade Zé Tiago fez o primeiro da partida.
1-1 Gilberto (64 Minutos)
Remate de Inusah a desviar no braço de Bura e, uma vez mais de penálti, o marcador voltou a mexer. Desta feita foi Gilberto a faturar, num lance polémico porque Bura se encontrava no chão e de costas para a bola.
1-2 Bura (79 Minutos)
Canto batido por Benny para o interior da pequena área, e após muita cerimónia dos defesas do Covilhã, Bura aproveita para fazer o segundo do Chaves.
A figura
Bura - apesar de ter cometido uma grande penalidade (duvidosa), o central Português realizou uma exibição competente, afastando o perigo da baliza de Paulo Vítor. Marcou o golo decisivo.
Com este resultado o Chaves consolida ainda mais o seu 7º lugar, agora com 18 pontos (a três dos lugares de subida). O Covilhã, por seu turno, permanece em 10º, a seis pontos da linha de água.
Estatísticas
Próximos encontros
Arouca vs Sp. Covilhã (Liga Sabseg)
Ac. Viseu vs GD Chaves (Liga Sabseg)
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