E vão cinco jogos sem perder para o Penafiel na Liga Sabseg. O conjunto de Pedro Ribeiro vai de vento em popa e 'pisca o olho' aos lugares de subida. Larga ausência de jogos pesou na condição física do Leixões.
Texto por José Silva

Análise ao encontro
Penafiel e Leixões defrontavam-se em momentos distintos mas separados por apenas seis pontos. A atravessar uma série de 4 jogos sem perder para a segunda liga, a equipa rubro-negra entrou em campo num confortável 6º lugar, pelo que não alterou nada na estratégia inicial.

A equipa Penafidelense perfilou-se num 3-4-3, com uma grande intensidade inicial.
A construção era feita desde a defesa, com 3 ou 4 jogadores, sempre com o apoio frontal dos médios. Perante um bloco muito sólido do Leixões a meio campo, a sua circulação saiu algo perturbada, mas apostaram nas bolas nas costas com sucesso. Para tal foi fundamental as ações do ataque Duriense, já que Ronaldo Tavares tanto explorava a profundidade, como era a referência aérea que 'arrastava' o central na marcação, originando espaço livre para Wagner atacar. Bruno César, sem muito espaço na zona central, descaiu para a ala direita e tentou ligar o jogo por fora. De resto, os ataques do Penafiel eram nitidamente objetivos, com passes e desmarcações rápidas e muito envolvimento de vários jogadores. A defender, a equipa de Pedro Ribeiro apostava em juntar os extremos aos interiores, obrigando o adversário a jogar por fora.
Já no lado do Leixões, sem competir oficialmente desde 21 de novembro (devido a um surto de COVID 19), a palavra de ordem era vencer, por várias razões: para sair do fundo da tabela, para homenagear Vitor Oliveira (antigo jogador, treinador e diretor do clube) e para obter a primeira vitória fora de casa nesta época. Nesse sentido esperava-se uma reação mais vigorosa da turma Leixonense.

A equipa de João Eusébio entrou algo apática no Estádio Municipal 25 de Abril, e desde cedo se 'apanhou' em desvantagem. A defender apostaram num 4-1-4-1, se bem que a atacar a mobilidade de Jota proporcionou fugazes momentos em 4-4-2. Sem bola estavam dispostos a anular o meio campo do Penafiel e para isso juntavam o bloco em 25/30 metros, obrigando os da casa a jogar longo, mas, por outro lado, oferecendo muito espaço nas costas. Pedro Pinto foi dos que mais sofreu com esta estratégia dos bebés do Mar. No meio campo sobressaía a desenvoltura de Paulo Machado, tanto na construção como na pressão, sendo mesmo basilar nas variações de jogo. Procuravam atacar essencialmente pelas alas, com os extremos a jogarem por dentro e os laterais por fora. Em face das eficazes dobras dos centrais Rubro-negros, começaram a envolver os interiores nas alas e assim aumentaram os cruzamentos para o experiente Nenê. Com o passar do tempo a equipa de João Eusébio tomou conta do jogo e até teve oportunidade para mudar o resultado.
Os golos
1-0 Ronaldo Tavares (3 Minutos)
Bola em profundidade, com Wagner a cruzar para a pequena área e Ronaldo Tavares a faturar com um toque subtil.
A figura

Ronaldo Tavares - Mais do que o golo que decidiu o encontro, o Internacional Português formado no Sporting teve várias ações ofensivas de destaque, deixando os defesas do Leixões em sentido.
Com esta vitória o Penafiel 'cola-se' ao Feirense no 4º lugar, com os mesmos 18 pontos dos fogaceiros. O leixões, ainda com o jogo da jornada 10 por realizar, permanece muito próximo da linha de água.
Estatísticas

Próximos encontros
CD Cova da Piedade vs FC Penafiel (Liga Sabseg - jornada 12)
Leixões SC vs UD Oliveirense (Liga Sabseg - jornada 10 (em atraso))
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