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Dos pelados à Champions

Foto do escritor: José SilvaJosé Silva

A mais recente discussão que mora na "praça pública", sobre os treinadores que assinam pelos clubes sem terem as habilitações legalmente necessárias, e quais as suas vantagens/desvantagens em relação aos treinadores que as têm, tem gerado muita polémica. Chega-se mesmo a por em causa a qualidade dos mesmos. Será que já não há meritocracia no mundo do Futebol? É impossível começar do zero e atingir o mais alto nível? Na Hora D’abola de hoje, levo até vós cinco treinadores que começaram “por baixo” e chegaram aos grandes palcos.



Paulo Fonseca

Paulo Fonseca, treinador da AS Roma (Itália).

O técnico Luso-Moçambicano começou a sua carreira de treinador de futebol sénior, após ter feito boas campanhas nos juniores do Estrela da Amadora (em 8 jogos contra Benfica e Sporting, venceu 2 empatou 4 e perdeu 2). Seguiram-se 1º Dezembro, Odivelas e Pinhalnovense (todos da III B). Finalmente, em 2011, chega o passo tão esperado, as ligas profissionais. O resto é história:





Atualmente, o técnico natural do Barreiro treina os Italianos da Roma. Não fosse a Pandemia do COVID 19, estaria a lutar “taco a taco” com a Atalanta pelo 4º lugar da Serie A – que dá acesso à Champions League.





Rui Vitória

Rui Vitória, treinador do Al Nassar (Arábia Saudita).

Após uma carreira modesta enquanto jogador, o Português iniciou a carreira de treinador ao serviço do Vliafranquense (da II B). Seguiram-se os juniores do Benfica, onde após duas épocas, abraçou o projeto do Fátima. Quatro anos bastaram para chegar à primeira Liga, por intermédio do Paços de Ferreira. A meio da segunda época surge o convite do Vitória de Guimarães. Em quatro épocas venceu uma taça de Portugal e levou os Vimarenenses à Liga Europa. Mas o grande passo foi o Benfica:




Após a saída da Luz, foi campeão na Arábia Saudita. Por lá se mantém, mas com a ambição de regressar à Europa.




Luís Castro

Luís Castro, treinador do Shakhtar Donetsk (Ucrânia).

O treinador natural de Vila Real, começou a carreira de treinador, onde terminou a de jogador - em Águeda. Passou ainda por Mealhada (AF Aveiro), Estarreja (antiga III divisão) e Sanjoanense (II divisão B), até chegar à primeira liga e ao Penafiel. Nos Durienses, teve uma campanha fantástica, levando o clube da quase descida divisão, ao 11º lugar. Mas na temporada seguinte, tudo se desmoronou e acabou por deixar o clube. Pouco tempo depois, foi convidado por Antero Henrique para ser coordenador da formação do F.C. Porto. Um excelente trabalho, em especial no projeto 611 - que revelou jogadores como Diogo Dalot, Ruben Neves ou André Silva. Mais tarde tornar-se-ia mesmo timoneiro da equipa B dos Dragões. Algumas épocas depois levou a equipa ao inédito título da 2ª liga, o que lhe abriu portas na 1ª liga…


Em todos os clubes (ver imagem ao lado) deixou a sua marca, pela qualidade do futebol e valorização de jogadores. Algo que não passou despercebido ao Shakhtar Donetsk, que o contratou para a sua primeira aventura fora de portas.



Leonardo Jardim

Leonardo Jardim, atualmente sem clube.

A carreira do treinador Português, nascido na Venezuela, começou no Camacha, após algumas épocas como adjunto. A primeira aventura fora da Madeira só aconteceria em 2008, pela mão do Chaves. Levou o clube à segunda liga e seguiu para Aveiro, para o Beira Mar.

Conseguiu ser campeão da 2ª liga e ainda jogou metade da época seguinte, na primeira. O suficiente para se mudar para Braga, onde alcançou um terceiro lugar no campeonato. Na época seguinte, uma passagem, curta (mas suficiente para ser campeão Grego), pelo Olympiacos. Em 2013 chega ao Sporting, e faz uma das melhores temporadas dos leoninos, nos últimos anos - discute o título com o rival Benfica, com um orçamente reduzido. A primeira aventura no estrangeiro foi o Mónaco e não se deu nada mal. Senão vejamos:




Apesar do despedimento inglório, Leonardo Jardim ficará na história do Mónaco e do futebol Francês, por ter quebrado a hegemonia do PSG. Mesmo no desemprego, continua a ser associado a grandes projetos.




Luís Freire

Luis Freire, treinador do Nacional da Madeira.

Apesar de jovem e inexperiente, Luís Freire é já um caso paradigmático de subida a pulso, na carreira. Também apelidado de "Mourinho das subidas", o técnico natural da Ericeira, não fez carreira enquanto jogador(tirou o curso de Desporto na Universidade de Évora), algo que não o impediu de se tornar treinador. Começou no clube da terra natal (antes havia sido adjunto em Tondela e Mafra). E foi mesmo no Ericeirense que conseguiu a primeira subida de divisão - com bastantes dificuldades económicas…

Seguiu-se o Pêro Pinheiro, de onde saiu, com duas subidas - a última das quais ao campeonato de Portugal. O desafio seguinte era o Mafra (que militava, precisamente, no CP). Com surpresa, levou o clube à 2ª liga, e transferiu-se para o Estoril Praia. Após uma entrada em grande, "nos canarinhos", a equipa perdeu fulgor a meio da temporada, pelo que acabaria mesmo por deixar o clube. Quem aproveitou, foi o Nacional. Os Madeirenses contrataram o jovem técnico, após descerem de divisão e acabaram mesmo por ser campeões - decisão na secretaria devido à interrupção do campeonato pelo COVID 19. No total, cinco subidas de divisão - Ericeirense, Pero Pinheiro (2), Mafra e Nacional - que fazem antever um futuro brilhante.


Espero que tenham gostado, se assim foi, partilhem.

Autor: José Silva

 
 
 

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