Cova da Piedade 0 vs 0 CD Feirense

José Silva
28 de nov. de 2020
2 min de leitura

Não foi por falta de oportunidades que Cova da Piedade e Feirense empataram a zero, em mais um jogo da jornada 10 da Liga Sabseg. Mesmo a meio gás, os Piedenses podiam ter marcado. Guarda redes em destaque.

Texto por José Silva

ree — Apesar do nulo, não faltou intensidade no Estádio Municipal José Martins Vieira

Análise ao encontro

A realizar uma época irregular, e com o técnico Toni Pereira ausente devido ao COVID-19, o Cova da Piedade entrou em campo com intenção de pôr fim à serie de três jogos sem vencer.

ree — Treinador - Ricardo Aires (adjunto)

O Desportivo mudou a sua estratégia ao apostar num 4-2-3-1, ao invés do habitual sistema de três centrais. A defender, Pepo juntava-se a João Vieira num 4-4-2. A equipa de Almada procurou fazer uma gestão cautelosa, possivelmente devido ao esforço físico a que tem sido sujeita (com muitos jogadores ainda em baixo de forma, não só pelos casos de COVID que têm assolado o plantel, mas, principalmente, porque jogaram a meio da semana com o Benfica B). Algo que ficou visível pela passividade que o meio campo apresentou no primeiro tempo, mas também pelas faltas que os homens mais recuados no terreno tiveram que fazer para evitar contra ataques. Arnold e João Vieira tiveram muito pouco espaço na profundidade, pelo que apresentaram muita mobilidade na procura da bola. No segundo tempo a equipa da Margem Sul entrou melhor, com mais dinâmica ofensiva e até final construiu boas ocasiões para destoar o nulo, essencialmente no contra golpe.

Ainda a 'lamber' feridas depois da precoce eliminação da Taça de Portugal, frente ao Amora, o Feirense precisava de conquistar os três pontos de forma a não deixar fugir os outros candidatos à subida de divisão.

A formação orientada por Filipe Rocha manteve-se fiel aos seus princípios de jogo, com uma construção paciente, desde trás e alternância entre o jogo interior e exterior. Em relação aos últimos encontros teve um aditivo fundamental: mais intensidade na circulação de bola, o que permitiu jogar entrelinhas com mais qualidade. Nas saídas a jogar, Mika ou João Tavares apoiavam os defesas, formando uma linha de três, e permitindo a projeção dos laterais. Uma vez no ataque, a equipa Fogaceira era objetiva, veloz e vertical, conseguindo criar boas ocasiões. Aproveitando alguma inércia no meio campo contrário, conseguiram 'furar' o espaço interior por diversas ocasiões (em especial por Feliz e Fati). Após as saídas de Feliz e Fábio Espinho, passou a existir menos jogo interior (algo que podia ser potenciado após a expulsão de Cele), pelo que os cruzamentos para a área aumentaram o perigo junto à baliza de Adriano.