Continua a série vitoriosa do Sporting da Covilhã. Sem conhecer o sabor da derrota desde que Nuno Capucho assumiu o comando técnico, os Serranos foram a Pina Manique bater o Casa Pia pela margem mínima. Não foi desta que a equipa de Filipe Rocha bateu o recorde de pontos da época passada.
Texto por José Silva
Análise ao encontro
O Casa Pia entrou no Estádio Pina Manique de olhos postos num recorde: poderia igualar ou bater o número de pontos amealhados na (precocemente finalizada) edição passada da segunda liga (11 pontos). Ainda assim, os Gansos mostraram-se iguais a si próprios, com linhas bastante recuadas e olhos postos no contra ataque.

O Casa Pia jogou no seu já bem conhecido 5-2-3, com segurança atrás e liberdade na frente. Sem bola, os Lisboetas preocuparam-se em fechar as linhas de asse na zona central e, quando os três elementos da frente pressionavam, o bloco juntava-se na tentativa de recuperar bola. Com a posse do esférico, procuraram esticar a bola na referência ofensiva e depois ganhar a segunda bola e começar um ataque, com poucos toques. Na primeira parte houve alguma dificuldade em ter bola na zona ofensiva, pelo que só Alex Freitas, pela sua qualidade técnica, e Malik, pela rapidez de execução, é que foram capazes de ter bola na zona central e combinar com Platiny. No segundo tempo houve uma tentativa de jogar mais ofensivo por parte dos Gansos, nomeadamente através de um bloco mais subido e com Romeu Ribeiro e Vítor Gonçalves a jogarem mais próximos dos avançados. A circulação aumentou e as combinações laterais melhoraram (também devido à envolvência dos médios com o jogo exterior). O golo sofrido obrigou a equipa a esforços redobrados no ataque, mas sem o efeito esperado.
Do outro lado, em busca da quarta vitória seguida nesta segunda Liga, o Sporting da Covilhã entrou em campo com grande atitude. Intensidade e boa troca de bola marcaram o primeiro tempo dos Serranos, ao passo que o segundo teve objetividade e cautela q.b.

O Covilhã esboçou o seu onze num 4-4-2, com nuances em 4-2-3-1. A posse de bola era sempre feita em progressão e com intensidade. Após uma construção muito objetiva (a ideia principal era levar a bola para o meio campo contrário), Lamine, o esteio defensivo do meio campo, ou Gilberto, o Box to Box da equipa, levavam a bola de um lado ao outro do terreno, propiciando uma boa circulação de bola e boa alternância entre o corredor lateral e central. Gui e Gleison jogavam com grande liberdade no último terço (o Costa Marfinense, de resto, assumia muitas vezes um papel mais ativo na zona central, quando Enoh se deslocava para o corredor lateral direito). A busca pela profundidade era, também, uma solução bastante requisitada. Sem bola, os Serranos mantinham uma postura de intensidade, com Daffe e Enoh a serem incansáveis na busca pela bola e com Gilberto e Lamine a taparem de imediato as linhas de passe, ou a usar a sua grande agressividade para parar o contragolpe. Nos segundos 45 minutos o Covilhã entrou mais expectante e sofreu alguns calafrios. Mas o golo marcado à passagem do minuto 71 deu mais tranquilidade e cinismo ao futebol da equipa. Vitória justa da turma de Nuno capucho, que se distância do Casa Pia na tabela da Liga SABSEG.
Os Golos
0-1 Gleison Moreira (71 Minutos)
Grande passe em profundidade de Tiago Moreira, que isolou Gleison e este bateu no peito e atirou a contar. Estava feito o primeiro (e único) golo do encontro.
A figura
Gleison Moreira - Um golo e vários momentos que o tornam num jogador diferenciado. A sua técnica não engana, é craque!
Estatísticas

Próximos encontros
Casa Pia vs CD Nacional (Taça de Portugal)
Pedras Rubras/Salgueiros vs SC Covilhã (Taça de Portugal)
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