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Bayern Munique 2012/13 - Do inferno ao céu

Foto do escritor: José SilvaJosé Silva

Atualizado: 15 de out. de 2020

No final da temporada 2011/12 o Bayer Munique vivia dias de amargura.

O grande rival Dortmund tornara-se Bicampeão Alemão, sob a liderança de Klopp, enquanto que os Bávaros viveram uma temporada para esquecer. A juntar ao 2º lugar do campeonato, perderam ainda a DF Pokal (taça da Alemanha) para o Dortmund por inquestionáveis 5-2 e a final da Champions League, nas grandes penalidades, frente ao Chelsea em pleno Allianz arena.

Mas na época seguinte, o gigante da Baviera provou que seria preciso muito mais para os deitar abaixo.

Numa temporada de sonho, o Bayern conquistou tudo o que estava em disputa, desde a dobradinha a nível interno, até à Liga dos Campeões frente ao eterno rival. Um triplete nunca antes feito por uma equipa Alemã.

 

Texto por José Silva

Para recordar. O bayern venceu todas as provas que disputou em 2012/13

Foi sem dúvida uma história bonita, esta protagonizada pelos comandados por Jupp Heynckes (veterano treinador Alemão de 68 anos que passou por SLB e Real Madrid). Mas não se cingiu apenas a títulos. Foram batidos os recordes de pontos (91), maior vantagem para o 2º (25 pontos) e vitórias (29).


O Onze base:

Outros jogadores:

· Muller (A), Xherdan Shaqiri (A), Mario Gomez (A), Luis Gustavo (M); Batstuber (D).

· (Jovens a aparecer) Patrick Weihrauch (A), Weiser (D), Pierre Hojbjerg (M), Emre Can (M).


A atacar:

Ofensivamente a equipa gostava de dar espetáculo. Estrangulavam completamente o adversário com a pressão exercida, e depois exploravam o espaço livre com transições vertiginosas. Em caso de necessidade, também tinha a qualidade necessária para controlar o jogo, com bola, de pé para pé. Os extremos jogavam “de pé trocado”, ou seja, Ribery (destro) jogava na esquerda, com movimentos interiores que permitiam a Alaba (DE) subir pela ala; no lado contrário estava Robben (canhoto) que fletia para dentro originando espaço na ala, que seria aproveitado pelo capitão Lahm. O remate de fora de área era, também, uma opção viável. As bolas na área eram normalmente aproveitadas por Mario Gomez ou Muller.

A defender:

Os bávaros apostavam muito na sua defesa agressiva, para depois saírem para o ataque com inteligência, aproveitando os espaços. Logo que perdiam a bola pressionavam rapidamente. A qualidade do guardião (Neuer) a jogar fora dos postes permitia à defesa subir as linhas. Tanto Dante como Boateng realizavam marcações cerradas e individuais, o que conjugado com a anulação das linhas de passe, por parte dos homens mais avançados do terreno, levava a perdas de bola da parte do adversário. O espanhol Javi Martinez (contratado para a referida temporada ao Athletic Bilbau) assumia se como preponderante na estratégia, já que compensava na defesa quando os laterais avançavam ou os centrais pressionavam mais subidos.

A concorrência:


- Borussia de Dortmund

Como já referi os auri negros ficaram a uns esclarecedores 25 pontos da liderança. Contudo, isso em nada condiz com o plantel que os, à altura, Bicampeões Alemães tinham. Para além do campeonato, perderam ainda a final da Champions League para o grande rival de Munique. Mas apesar de tudo, os comandados por Jürgen Klopp não ficavam a dever em nada às melhores equipas do mundo, já que no seu plantel constavam jogadores da classe de Roman Weidenfeller, Mats Hummels, Ilkay Gundogan, Ivan Perisic, Mario Gotze, Marco Reus ou Robert Lewandowski.

Nessa temporada, empataram por duas vezes no Der Klassiker, no campeonato e perderam os restantes confrontos com os bávaros (final da Liga dos Campões e Quartos de final da taça).

-Bayer Leverkusen

Ficou a apenas um ponto da vice-liderança. Equipa sólida com alguns jovens a aparecerem – Leno (GR), Dani Carvajal (D), Carlinhos (M), Omer Toprak (D), André Schurrle (A), Milik (A) – mas também jogadores “já feitos” como Philipp Wollscheid (D), Renato Augusto (M), Gonzalo Castro (M), Bellarabi (A) ou Stefan Kießling (A) - melhor marcador da Bundesliga 2012/13.

Nos confrontos com o homólogo de Munique, ganharam um e perderam outro.


Jupp Heynckes, um homem convicto

Momento de afirmação

No dia 1 de maio de 2013, deu se um jogo marcante na gloriosa caminhada do Bayern até à conquista da liga dos campeões, O conjunto Alemão venceu o Barcelona por 3-0 em pleno Camp Nou, após já ter levado de vencidos os catalães em Munique por 4-0. A eliminatória não só significou o bilhete para a final da mais prestigiante competição de clubes do mundo, pela 3ª vez em quatro anos, mas também significou a derrota do Tiki Taka perante o agressivo e rápido futebol de Heynckes.

A época laureada do Bayern tem uma simples justificação por detrás - confiança! A direção dos Germânicos (nomeadamente o diretor executivo Karl-Heinz Rummenigge) viu copo meio cheio onde todos viram meio vazio. Perceberam que o trabalho de Heynckes na temporada anterior não tinha sido em vão, mas sim um processo que estava muito próximo de dar frutos. No final da temporada o treinador Germânico deixou o clube. Mas o seu sucessor (Pep Guardiola) encontrou o clube devidamente estabilizado para implementar as suas ideias. A nível individual, Frank Ribery tornar se ia o melhor jogador da Europa devido à brilhante temporada que realizou ao serviço do clube, uma campanha para recordar.



 
 
 

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