top of page

Barcelona (2010-11) - A magia do Tiki-Taka

Foto do escritor: José SilvaJosé Silva

Atualizado: 23 de nov. de 2020

Se há uns anos me perguntassem por uma equipa perfeita, provavelmente responderia “a equipa do Barcelona”. A turma Blaugrana encantou o mundo com o seu futebol. Vivia numa harmonia perfeita. Uma sintonia que começava na ideologia incutida no ADN do clube (desde os tempos de Johan Cruyff), passando pelos fervorosos adeptos catalães (que viviam intensamente o clube, muito pela condição política do seu estado) e acabando nos jogadores, que eram de classe mundial.

 

Texto de José Silva

Para recordar. A Catalunha viveu tempos inesquecíveis com Guardiola

A equipa Catalã, na temporada 2010/11, candidatou-se definitivamente a um (hipotético) prémio de melhor equipa do século. Numa época em que venceram o tricampeonato nacional e a Champions League, bem como o mundial de clubes (se o considerarmos referente à temporada em questão) e a Supercopa. Os comandados por Pep Guardiola jogaram um futebol absolutamente mágico.

O onze base:

Outros jogadores:

  • Pinto (GR);

  • Adriano (D), Mascerano (D);

  • Keita (M), Bojan (A), affellay (A).

  • (os jovens) Nolito, Thiago Alcântara, Sergio Roberto ou Jeffren começavam a aparecer.

A atacar:

Jogavam um futebol associativo sem nunca abdicar das saídas a jogar a partir da defesa e dos passes curtos. Por vezes apostavam em passes mais longos, mas só nos momentos certos (normalmente quando os extremos se desmarcavam nas costas dos defesas adversários). Na construção Busquets juntava-se aos centrais (permitindo aos laterais subirem no terreno); Messi também recuava para vir buscar jogo e distribuir ou fazer os seus lendários dribles. Os homens do ataque faziam movimentos muitos rápidos na procura da profundidade, aproveitando os passes açucarados de Messi, Iniesta e Xavi – os únicos jogadores com liberdade total para se movimentarem pelo campo. A equipa posicionava-se de forma sublime, formando os famosos triângulos ao longo do campo (fornecendo sempre linha de passe ao homem da bola).

A defender:

Abafavam completamente o adversário, não permitindo sequer que passassem do meio campo. A sua obsessão com a posse de bola não dava sequer azo a grandes oportunidades do lado contrário, mas se assim fosse, a qualidade defensiva individual e coletiva dos Culé também vinha ao de cima.

Outro facto curioso desta equipa, é que apenas 2 jogadores do onze base, não tinham ascendência da cantera do Barça em La Masia.

A concorrência

Ao longo da temporada o Barcelona protagonizou um duelo escaldante com o seu arquirrival Real Madrid. Os dois acabaram separados por apenas 4 pontos, sendo que os pupilos de Mourinho foram o melhor ataque de La liga e tiveram em Ronaldo o melhor marcador da Competição. Houve de tudo nesse ano, desde a vitória em Camp Nou por 5-0 até à derrota na final da Copa do Rey, pelo meio, dois duelos para a Liga dos Campeões que levaram a formação azul grená à final da competição. Mas o que nunca faltou foram conferências de imprensa completamente lotadas, isto porque os media Espanhóis (e até internacionais) não queriam perder pitada dos Faits divers que os dois treinadores protagonizavam.

Mas se a nível interno havia esta concorrência atroz, o mesmo não se pode dizer da temporada a nível internacional. Os Blaugrana foram de vitória em vitória até à final no emblemático estádio de Wembley.

Ao todo sete adversários sucumbiram perante o poderio catalão, com destaque para o Arsenal (oitavos de final) e o Real Madrid (Meias finais). Lionel Messi seria coroado melhor marcador da competição (12 golos), numa temporada que a nível individual lhe deu ainda o prémio de melhor jogador da Europa.


Os melhores anos do Tiki Taka (com Pep Guardiola)

Pep Guardiola. O sucessor de cruijff

No total foram vários títulos nacionais e internacionais, que permitiram a esta equipa do Barcelona marcar lugar na história. A filosofia de Guardiola deixou ainda um legado pela Europa fora, no que aos treinadores diz respeito. Thomas Tuchel (Mainz, Dortmund e PSG) e Quique Setien (Las Palmas, Bétis e Barcelona) são alguns dos casos de técnicos que ainda hoje tentam recriar esta filosofia, mas em ambos falta a magia do tiki taka que só podia ser proporcionada por exímios intérpretes como Iniesta, Xavi ou Messi. A seleção Espanhola beneficiou igualmente, já que os jogadores do Barça e a sua filosofia foram a base de la roja que vencera o Mundial uns meses antes e o Europeu uns meses depois.

Espero que tenham gostado. Se assim foi, partilhem.


 
 
 

Comentários


Post: Blog2_Post

Formulário de Inscrição

Obrigado pelo envio!

©2020 por Hora d'abola. Orgulhosamente criado com Wix.com

bottom of page